quinta-feira, 24 de julho de 2014

Binne & Pastilhas

5 anos que parecem 5 séculos.



Cinco anos que parecem cinco seculos, pela tamanha saudade que me invade. Também podiam ser 5 anos que parecem 5 dias pelas boas e sinceras memórias. Parece que foi ontem!

Naquele dia, o tempo parou, o chão fugiu dos pés, as forças desapareceram.

Não acredito, é mentira, foi engano, não pode ser, não, não, não.

De seguida foi pensar com calma que alguma coisa posso fazer por ti, mas o que? Nada, rigorosamente nada!

Queria acordar a transpirar e saber que tudo não passou de um pesadelo, mas não, não mesmo!

Não tínhamos chegado aos 30.

Desta vez estávamos a iniciar uma nova etapa separados. Recentemente tínhamos concluído uma juntos. Acreditávamos que tinha sido a mais importante e difícil. Era verdade, pelo menos naquele momento era a mais pura das verdades.

O nosso caminho era paralelo. Tu por Cantanhede e arredores e eu por Lisboa.

As mesmas ambições, o mesmo querer, a mesma perseverança. Caímos, levantamo-nos e cada vez mais fortes e audazes.

Todos os dias a mesma rotina, sair de casa antes das 8h (quando antigamente chegávamos a casa a essa hora) rumo ao trabalho. Tu de carro, eu a pé.

Naquele percurso que fazia lembrava-me muitas vezes de ti, “lá vai aquele gajo pó trabalho”… Ao final do dia a mesma coisa. Desta vez eu subia a avenida e tu de regresso.

Trocamos várias mensagens nesse percurso, altura em que andava com uma pancada de fazer uma novela em SMS. Protagonista: Ti Tó e seu rebanho.

Que comicada!

Um dia muitos dos sonhos foram por água abaixo.

Continuei a descer e a subir a avenida contigo, mas desta vez sabia que o tal caminho paralelo tinha acabado e era apenas uma recta.

E assim continuam os meus dias com a mesma rotina matinal, com a diferença que vou de autocarro em vez de a pé. E tu lá vais comigo todo o santo dia.

Quando acontecem estas coisas pensamos sempre que devia ter feito isto, ter dito aquilo, não ter feito isto… Há sempre um sentimento de arrependimento de qualquer coisa.

Mas eu não o tive e com o passar dos anos continuo a não ter. Fizemos tudo e dissemos tudo o que queríamos e, as vezes, o que não queríamos. Entendíamo-nos nas diferenças e na teimosia. Diga-se de passagem que não sei quem seria mais teimoso.

Como dizias e bem, ninguém teima sozinho.

Enquanto escrevo estas linhas mais certezas tenho que são 5 séculos e não cinco dias.

Tenho saudades tuas puto!


Aquele abraço

Cantavas esta muita bem. Lollll!!!!


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